quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Lord forgive you

Estou a escrever-te porque quero que saibas que eu finalmente encontrei uma maneira de seguir em frente, uma maneira de ser feliz suportando a tua ausência e o teu silêncio.
Às vezes questiono-me como estarás, como será que a tua cabeça está depois de saberes que partiste o coração de alguém que te amava. Ah, amava muito, alguém que passava horas a ouvir os teus problemas, que te apoiava e compreendia quando mais minguem o fazia. Como tens lidado com isso? Consegues lidar com o facto de me teres tirado o sabor da vida, a vontade de sonhar e de acreditar que ainda posso ser feliz? Ainda penso em ti, penso no tempo que te ofereci, na comida preferida que fiz para ti, pelos esforços que fiz para te ver com um sorriso no rosto, sorriso esse que me enchia a alma e que me completava. Sinto o teu cheiro nos lençóis onde dormimos, guardo na memória todos os momentos que vivemos. Ainda te lembras como era bom ficarmos no escuro da noite a falar sobre o futuro e os nossos objetivos de vida? Tive saudades tuas, quase sempre ela bate à porta tentando relembrar-me que eu já te amei. Amei muito, de uma maneira estranha, mas amei. Eu pergunto-me se tudo o que vivemos tu apagaste, pergunto-me se sou assim tão fácil de esquecer. Nunca percebi o que te fiz ou deixei de fazer para não teres ficado, para não teres visto que estava aberta, ferida e acabada. Não me culpo, ou melhor deixei de me culpar há muito tempo, não havia nada que eu pudesse dizer ou fazer que te fizesse ficar, tu preferiste ir embora mesmo sabendo que eu estava destruída. Ainda pensas em mim e nas musicas todas que me dedicaste? Que seria eu a tua mulher mesmo tu não estando aberto para amar, nenhum de nos estava, mas eu acabei por cometer o erro de amar pelos dois.
Eu penso em tudo o que fomos e poderíamos ter sido, mas olha o destino não quis, acasos não existem, amores não se criam, acontecem. Lembro que éramos doidos, lembro das tuas mãos percorrem o meu corpo, lembro-me das loucuras que fizemos em prol dos nossos desejos, lembro-me do silencio que falava mais do que as nossas próprias vozes. Quero que saibas tantas coisas, que fui louca por ti, e fiz algo que nunca quis fazer por ninguém, mudei e tu como mais ninguém tentou domesticar-me, mas eu sou e sempre serei uma mulher indomável, sou fera protejo quem amo, mas também magoou quando necessário. De vez em quando oiço algumas das musicas que me dedicaste tentando decifrar o que me querias dizer, mas ultimamente vejo que tu da tua maneira conseguiste enganar-me, lord forgive you por tudo que me fizeste passar, mas sei que mereço ser amada tu próprio o disseste, mas só que não por ti. Não sou, és tu.
A saudade insiste em passar por aqui, mas da mesma maneira que comecei este texto é da mesma maneira que irei acaba-lo, estou bem encontrei um caminho novo. um caminho que não me permite voltar para ti. Eu amei-te, amei-te até onde pude, até onde tu deixaste-me amar-te e agora está a matar-me o facto de ter de encontrar outra pessoa para amar quando no fundo a única pessoa que eu queria eras tu.

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