domingo, 6 de março de 2016

Querido ex





Culpei-me tantas vezes quando te vi a virar-me as costas. Culpei-me por me teres omitido a verdade várias vezes. 
Destrói-me porque pensava que a culpa era minha, não fui boa o suficiente. Não te dei a atenção que merecias, o espaço que tanto querias. Não te ouvi, estraguei a nossa relação, acabei com a nossa confiança.
Eu fracassei quando soube que me tinhas deixado, eu não era a mesma toda a gente sabia-o, mas eu negava-o, mas por dentro morria sempre que alguém me perguntava por ti, é como se paralisasse sempre que ouvisse o teu nome.
Deixei de fazer as coisas que gostava porque senti que não tinha mais forças, desisti do amor porque a dose que tivera contigo tinha sido de mais.
Tranquei-me em casa, cheguei a escola várias vezes atrasada porque passava as noites a chorar, e a questionar-me onde foi que errei, e o que faltou para termos dado certo.
 Eu sei a culpa é minha sempre fui muito impulsiva, agi sem pensar várias vezes sempre desconfiei de ti quando sempre me pediste para confiar e ter fé em ti. Matei a nossa relação, o nosso amor, matei tudo  o que tínhamos em comum.
Apaguei as tardes no teu carro do meu coração, esqueci-me das vezes em que estive em tua casa. Não me lembrava mais do som da tua voz, ou mesmo da cara, já não conhecia o teu corpo, corpo esse que toquei várias vezes.
Fizeste-me, e fazes-me falta... Se tenho saudades? Tenho muitas. Se ainda me culpo? Sim, culpar-me-ei até ao dia em que voltares a olhar para mim e dizeres que ambos erramos.
Mas até lá eu tenho de encontrar um ponto em que me sinta bem comigo mesma.