terça-feira, 17 de novembro de 2015

Ódio disfarçado de Amor


O quê é que eu sinto por ti? Por vezes sinto a raiva a consumir-me e chego ao ódio. Chego a odiar-te, a ti, as tuas atitudes, as tuas palavras, ao teu desprezo. Não consigo não evitar odiar-te, eu tento mas a raiva cresce e o ódio toma lugar ao amor. Não sei o que dizer muito menos o que sentir. Amor ou ódio? Não sei o que sinto, gostava de não ter estas contradições, quero dizer que te amo só. Assim simples, sem meios termos, sem "mas", sem eu amo-te mas em contradição odeio-te. Odeio-te a cada segundo, a cada minuto, odeio pensar que te odeio porque isso só me faz odiar-te ainda mais. Odeio pensar em ti, pensar em ti consome-me, sei lá tira-me as forças, deixa-me cansada e pior de tudo deixa-me insegura. Maldita insegurança que me faz tremer, que me faz chorar, odeio-te por isto. Pelas saudades que deixas, pelas palavras que evitas dizer, pelos beijos que foram interrompidos pelas nossas estúpidas discussões, pelas pazes que demoram séculos a ser feitas mas quando são feitas valem a pena. Odeio odiar-te, mas a verdade é que odeio. Ódio caloroso, harmonioso, feliz, frio, barulhento e triste. Ódio cheio de contradições. Porra, odeio-te.
Ódio estúpido e irritante. Não sei, mas cheguei a conclusão que este ódio era um ódio disfarçado de amor.