sexta-feira, 4 de julho de 2014

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Menti-me tantas vezes, inúmeras que eu já nem me lembro bem, eu tentei fugir do que sentia por ti, tentei arrancar da cabeça algo que morreu dentro do meu coração. Não sei porque que tento esconder a verdade de mim mesma, como sou capaz de tortura-me tanto assim? Como isso é possível? Quantas vezes eu escrevi textos a dizer que ainda te amava, e outros a dizer que já não me importava, como é possível olhar para trás e dizer que não quero mais a minha vida assim, mas não consigo nem dar uma passo para deixar o passado onde ele pertence, será que tenho tanto medo assim da mudança do mundo, ou da minha mudança, ou pior, da nossa mudança será que nós vamos mudar assim tanto? Há uns tempos atrás tudo estava diferente, nos estávamos completamente diferentes, até então que eu menti-me outra vez, disse que já não sentia nada por ti, nada. A minha vida não mudou ao declarar essa mentira, tudo ficou igual, até o que eu sentia por ti. Tentar esconder o que eu sinto não vai fazer desaparecer os meus sentimentos por ti, em tempos acreditava nisso agora sei que é tudo uma miserável desculpa para fugir do medo que eu sinto por amar-te mais do que me amo a mim.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

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Estou farta de caminhar sem direcção, farta de procurar e não achar, farta de sofrer e não ser amada. Não consigo aguentar as minhas tristezas e culpas, não consigo controlar a minha raiva, e a minha vontade de desaparecer, sempre que acho que não aguento tudo muda, tenho sempre vontade de voltar a cometer o mesmo erro, a mesma loucura, amar-te, porque que ainda tenho prazer em nutrir sentimentos por ti? Se nunca tiveste vontade de me amar? Lutar para quê? Com que forças? Não vale a pena afogar-me, não há ninguém para me salvar, andar em círculos para quê? Ninguém me dará a mão quando precisar. Amar-te outra vez? Para quê? Tu não vais ficar, nunca ficas, fugirás, como foges sempre, sem olhar para atrás, sem lágrimas nos olhos, simplesmente irás embora, como fazes sempre, porque isso é a única coisa que sabes fazer virar-me as costas. Como posso eu continuar a importar-me contigo? Como posso eu ainda esperar por ti, se tu nunca estiveste mesmo aqui? Será impossível seguir em frente sem olhar para trás? Só te peço que voltes, é só isso que eu quero, que voltes, que me deixes ficar presa à ti, e que sigas a tua vida preso à mim.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Ponto Final .



Não quero continuar presa a ti, não quero continuar a acrescentar mais capítulos a nossa história tenho que finaliza-la, acabar com ela e por um ponto final.
Quero que vás embora, não quero que voltes e eu não quero mais voltar, já não fazes parte dos meus planos, já não quero insistir nesta história que já devia ter acabado há séculos. Trataste-me tão mal, rasgaste-me por dentro, fizeste com que caísse e nunca mais quisesse levantar, mataste-me e não te preocupaste em perguntar se estava bem, deixaste-me, abandonaste-me, e não perguntaste-me se era isso que eu realmente queria, voltaste como sempre e nem me perguntaste se estava bem com a tua vinda.Tu prendeste-me a ti, tu magoaste-me, fizeste-me chorar noites seguidas, e não te importas-te em limpar as minhas lágrimas, não te importaste em voltar só para me abraçar para apaziguar a minha dor, tu usaste-me para te sentires melhor contigo mesmo, eu pensei que me amavas, que me pertencias, e dói mais saber que tu estas bem, feliz e a sorrir o tempo todo com outra. Fizeste-me de otária riste-te dos meus erros, dos meus textos longos e tristes cheios de amor e saudade. O meu coração está a doer, está a sangrar, a gritar para sair de dentro de mim. Tu és mau, és cobarde e frio, miserável, tu agrediste-me com as tuas palavras cruéis e frias, não foste fiel, não foste leal nem bom, trouxeste-me dor, novas sensações, novos medos, trouxeste-me algo que nunca quis sentir. Rejeitaste-me. Ah tu não sabes, não sabes quanto medo eu tinha de ser rejeitada. Não foste meu amigo, eu até pensava que éramos ao menos amigos, eu quis ter certeza de que apesar de não seremos um casal podíamos ser amigos, que poderíamos rir um de outro. Eu te amei mesmo doente, eu chorei, eu amei-te. Eu sei, era um amor doentio, mas era amor, e tu poderias ter tornado esse amor num amor saudável, mas tornaste-o mais doente, mais perigoso. Tenho tanta raiva de ti, mas mais de mim, porque não sei porque que ainda sinto saudades, porque ainda sinto vontade de ti, tu continuas no meu pensamento, continuas paralisado mexendo comigo. Tu nunca me quiseste, tu deixaste-me ir, não te pertencia, deixaste-me ir porque eu era só mais uma. 
E não voltaste até agora, não voltaste, não me ligaste, não  respondeste aos meus textos lamechas, não sentiste saudades minhas, não me procuraste e de certeza que não vais procurar nunca mais. Tu disseste que gostavas de mim, mas não voltaste quando senti medo, quando a saudade apertou, tu simplesmente fizeste tudo ao contrario, eu chamei por ti, gritei, mas tu fingiste não ouvir, agiste como um menino com medo da felicidade, agiste como seu eu fosse o que tu precisavas, e querias. 
As coisas podiam ter sido tão diferentes, eu queria tanto que elas tivessem sido diferentes, mas eu já não posso continuar presa a ti, não posso mais insistir nesta história.
Eu odeio-te, ainda está a doer, e está a doer muito espero que estejas bem com isso.(...)